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Sai pra lá mau agouro!



Série B é um assunto proibido na Toca, mesmo com o Cruzeiro há nove rodadas batendo às portas da zona de rebaixamento. O zagueiro Leo, ao saber que este é o tema que domina todas as conversas dos torcedores e será muito explorado pela imprensa devido aos números que mostram a fragilidade do time no returno, foi contundente: “Nós vamos ganhar do Ceará e quero ver o que vão dizer”. E arrematou: “Não vamos cair”.

O time é experiente, tem jogadores que já disputaram as séries B e C (confira quadro), em que as partidas são decididas muitas vezes por guerreiros, na raça e no coração, como exige o técnico Vágner Mancini neste momento, sem privilegiar a técnica: “Domingo vai ser para guerreiros”. A partir das 17h, o velho Estádio Presidente Vargas, em Fortaleza, vai balançar no duelo pela penúltima rodada do Campeonato Brasileiro. O Cruzeiro está com a corda no pescoço. A obrigação é ganhar para consolidar sua posição – chegaria aos 42 pontos – e depender só de si na luta contra a queda para a Segunda Divisão.

Os números, porém, não são animadores: apenas duas vitórias no returno, 14 gols marcados em 17 jogos, sem vencer como visitante fora do estado desde 24 de julho, quando derrotou o Corinthians por 1 a 0, no Pacaembu – o técnico era Joel Santana. E a pressão cresce, porque enfrentará um concorrente direto. Se perder vai para a zona de rebaixamento, restando apenas uma rodada, o clássico contra o Atlético, em 4 de dezembro, na Arena do Jacaré.

GANHOS? Mancini alimentou a polêmica e, fazendo questão de reafirmar sua crença de que o Cruzeiro não vai cair, afirmou haver situações em que o rebaixamento é até benéfico para o clube: “O fantasma da queda é uma questão cultural. Vejam bem na Europa: os clubes caem e, naturalmente, tiram proveitos. Aqui no Brasil, há clubes que ficam rondando a zona de rebaixamento e, outros, como o Cruzeiro, que apenas aparecem agora. Em maio e junho era um dos candidatos ao título, mas vai superar esta situação. Uma queda, em algumas situações, não é tão desastrosa. Há muitos exemplos aí”.

Estar com o grupo completo é um dos aspectos que o animam agora. Sobretudo com a defesa fortalecida pelo retorno do experiente zagueiro Victorino, que cumpriu a suspensão automática pelo terceiro cartão amarelo. Além disso, a certeza de uma melhor condição física para Montillo, que no empate por 1 a 1 contra o Atlético-PR atuou sem estar inteiramente recuperado de lesão na coxa. E, para completar, o fato de o time ter uma semana para preparação e descanso.

O treinador qualificou de “horrível” o desempenho no segundo tempo contra o Atlético-PR. “Perdemos toda a força devido ao cansaço”. Ele destaca que em Fortaleza, devido à pressão da torcida, o calor e ainda pela característica do adversário, que tenta se impor, haverá problemas, mas não aceita nenhum destes fatores como desculpa: “Já falei para os jogadores que teremos de ganhar”.

 Na entrevista do técnico, os elogios foram para Leandro Guerreiro, improvisado como zagueiro na última partida. “Vocês viram como ficou nosso comportamento com ele. É titular. Não importa se na zaga ou no meio. Vai jogar”. Mesmo garantindo que o Cruzeiro adotará esquema ofensivo, não está confirmado se terá inicialmente três atacantes, como no domingo. A definição deve ocorrer nos treinamentos de hoje e de amanhã.
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