
Entre as várias metas do Cruzeiro, uma é investir na base celeste. Nos últimos dias, o presidente Gilvan de Pinho Tavares assumiu que está nos planos valorizar mais os jovens que buscam uma vaga no time profissional. A primeira atitude foi convidar o ex-diretor de futebol do América, Alexandre Mattos, para trabalhar diretamente com os “Garotos da Toca”.
- Eu quero reformular todo o futebol de base doCruzeiro. Sempre tive simpatia pelo Alexandre, sempre achei um dirigente muito competente e vi nele essa pessoa, que tem experiência, para nos ajudar em um futebol da base diferente. Assim que fiquei sabendo que ele saiu do América, pedi o Dimas para fazer contato com ele para uma proposta e ver se ele gostaria de trabalhar conosco na base – disse Gilvan.
Preparando para disputar a Copa São Paulo de Futebol Júnior, o técnico das categorias de base, Paulo Ricardo, tem um pensamento semelhante. Para ele, é importante trabalhar com os garotos e prepará-los para chegarem bem ao time profissional, mas é necessário ter organização.
- Gastamos mais dinheiro com a transição. Quando vamos subir um garoto, às vezes ele faz uma partida ruim, a torcida queima o jogador. Então é importante ter um time B, que assim você cria asolução dentro de casa, não empresta o jogador, você vê o crescimentodele dentro de casa mesmo. Mas isso é um trabalho, um processo, não se pode queimar etapas. Os jogadores tem que passar uma de cada vez – disse.
Experiente com os garotos, já que trabalhou no Atlético-MG e PR, América e São Paulo, Ricardo explica qual o perfil de atleta pronto para chegar ao time profissional.
- Ele precisa sobrar na categoria. Precisa jogar bem,estar com a técnica apurada, e mostrar que tem entendimento de jogo, que conhece a tática, isso é o mais importante – confirmou.
O treinador apontou quais são os jogadoresque estão prontos para servir o profissional.
- São os nascidos em 92, que participaram do time Sub-20.Alguns já estão neste processo de transição, caso do Élber e Sebá. Mas os que vão para a Copa São Paulo e os Sub-19 ainda não estão preparados. É claro que existem os casos excepcionais, quando o atleta está sobrando em sua categoria, aí ele já pode subir – finalizou.