Embora realizada em junho, a negociação só foi revelada em novembro, depois da insistente procura da imprensa por uma explicação dos dirigentes celestes. Na ocasião, o presidente Zezé Perrella divulgou uma nota oficial explicando as condições do negócio.
“Ficou acertado que, caso o clube quisesse readquirir o percentual vendido para esse grupo em um período de oito meses, o Cruzeiro pagaria o mesmo valor com as correções do IGPM”, dizia a nota.
Perrella não revelou o valor da negociação, mas explicou que o número equivale a mais que o dobro da quantia paga pelo Cruzeiro quando adquiriu Montillo junto à Universidad de Chile. Na época, o valor de 100% de Montillo era US$ 3,5 milhões. Dessa forma, conclui-se que a diretoria vendeu 20% do atleta por um valor superior a US$ 1,4 milhão.
Nesta sexta-feira, o presidente Gilvan de Pinho Tavares foi procurado, na Toca da Raposa II, mas o mandatário não quis falar sobre o assunto. Quem respondeu pelo clube foi o gerente de futebol Valdir Barbosa, que revelou que a diretoria ainda estuda readquirir os 20%. “Ainda há prazo para decidirmos, a compra não está descartada, mas ainda não houve conversa para definição”, disse o dirigente à reportagem.
Atualmente, o Cruzeiro detém 60% de Montillo, enquanto dois investidores distintos possuem 20% cada um. Se, em uma situação hipotética, o clube celeste aceitasse uma proposta de R$ 25 milhões pelo jogador, os 20% equivaleriam a R$ 5 milhões, mais que o dobro do que o valor vendido ao investidor. Atualmente, os US$ 1,4 milhão da venda no ano passado equivalem a R$ 2,4 milhões.
