O argentino deu o passe para o primeiro gol celeste, um toque genial, por entre a zaga do Villa Nova. No segundo antes de bater, driblou o zagueiro Carciano e tocou no canto direito. Um golaço. Foi o terceiro gol de Montillo no Campeonato Mineiro. O pequeno público - 3.561 pessoas pagaram ingresso - viu mais um grande espetáculo proporcionado por Montillo.
Com três atacantes no início do jogo, o técnico Vágner Mancini foi salvo pela contusão de Anselmo Ramon, que deixou o campo com dores na cabeça, após choque com zagueiro. A entrada de Rudnei no meio-campo acertou o time, que correu risco de sair atrás no placar em dois lances de perigo do Villa Nova.
Com o resultado, o Cruzeiro voltou a ser o segundo colocado na tabela, atrás apenas do Atlético-MG, que tem 18. Com a mesma pontuação do América-MG, o time celeste está na frente pelos critérios de desempate. Já o Villa Nova, com sete pontos, caiu para a sexta posição.
O Cruzeiro voltará a campo no próximo domingo, quando enfrentará a Caldense no Ronaldão, em Poços de Caldas, às 16h (de Brasília). Já o Villa Nova pegará o Atlético-MG, no Castor Cifuentes, em Nova Lima, no dia anterior, no mesmo horário.
Só no fim
Além de ter perdido Diego Renan, Marcelo Oliveira e Wellington Paulista, todos por suspensão, o técnico Vágner Mancini não contou, na de última hora, com a presença do meia Roger. O jogador alegou incômodo na panturrilha direita e foi cortado. Com isso, o treinador colocou a Raposa no ataque, com três atacantes, e o jovem Élber ganhou a chance no banco de reservas. Leandro Guerreio, Everton e Montillo, este último que era dúvida por conta de dores no púbis, compuseram o meio-campo.
O Villa Nova estreou o técnico Mauro Fernandes e começou levando perigo ao gol celeste. Eliandro ganhou de Victorino na corrida e tocou em cima do goleiro Fábio, quase abrindo o placar na Arena do Jacaré. O lateral Gilson, que não vinha sendo aproveitado nem na reserva, começou como titular e quase complicou para a Raposa. Ele recuou errado e o atacante Eliandro invadiu a área e tocou para Alex Santos, sem goleiro, chutar por cima. Digno de vestir a camisa do Inacreditável Futebol Clube.
A primeira chegada ao ataque do Cruzeiro foi aos 16 minutos, em uma cabeçada fraca de Anselmo Ramon, que o goleiro Elisson defendeu facilmente. Poucos minutos depois, foi a vez de Everton experimentar o goleiro, ao chutar no ângulo, de fora da área. Porém, o camisa 1 do Villa mostrou estar atento e mandou a escanteio.
O esquema com três atacantes do Cruzeiro caiu por terra aos 25 minutos, quando Anselmo Ramon foi substituído pelo volante Rudnei. O atacante reclamou de dores na cabeça, após se chocar com o zagueiro Álvaro.
O Cruzeiro jogava mal, mas quem tem Montillo pode esperar emoção a qualquer minuto. E foi em um passe primoroso do argentino que Walter desencantou e marcou o primeiro gol com a camisa celeste. Ele recebeu sem marcação, dominou e escolheu o canto para abrir o placar aos 38 minutos.
Montillo espetacular
O primeiro tempo terminou como começou o segundo tempo, com o Cruzeiro com maior posse de bola, e o Villa Nova tentando se aproveitar dos erros da Raposa. Mauro Fernandes optou por colocar Thiaguinho, ex-Cruzeiro, para dar mais velocidade no ataque.
O jogador do Leão do Bonfim mostrou ímpeto logo no início da etapa e levou perigo à defesa celeste. Em uma delas, chutou por cima de dentro da área e quase empatou o jogo. Mas, aos poucos, o time villanovense perdeu fôlego e foi facilmente marcado pela defesa azul.
O jogo ficou aberto, com as duas equipes no ataque. O Villa, em busca do empate, e a Raposa querendo matar a partida o quanto antes. E quase conseguiu com o jovem Élber e Wallyson, que chutaram em cima de Elisson as duas tentativas.
Mas quando a bola cai no pé de Montillo não tem jeito. Aos 30 minutos, o meia recebeu na área, driblou o marcador e chutou sem chances para Elisson. Foi o terceiro do argentino na temporada e no Estadual.
O atacante Walter, que já havia recebido cartão amarelo por conta de uma falta, colocou a mão na bola após cruzamento e foi expulso. O jogador deixou o campo aplaudido pela torcida. Com um a menos, o Cruzeiro levou pressão, mas garantiu a vantagem no placar.