Os números sempre estiveram ao lado do Cruzeiro. Deixando de lado todas as polêmicas, brigas e confusões, os mineiros tinham no histórico do confronto a sua maior vantagem na final da Superliga, contra o Vôlei Futuro. Neste sábado, como se ainda fosse preciso, a equipe de Belo Horizonte recebeu uma ajuda extra da sorte. Depois de perder um primeiro set tenso, foi buscar a reação, e a virada veio quando Lorena, principal arma dos paulistas, saiu de quadra às lágrimas, reclamando de cãibras na panturrilha direita. Os mineiros não tinham nada com isso. Com atuação brilhante de William, derrotaram os rivais por 3 sets a 1 (24/26, 25/18, 25/13 e 25/19) e conquistaram no ginásio de São Bernardo do Campo seu primeiro título nacional.
Vice-campeão no ano passado, o Cruzeiro dominou a fase classificatória deste ano e, no confronto com o Vôlei Futuro, chegou à 16ª vitória em 18 jogos. Ao ignorar o barulho da torcida de Araçatuba, que tomava mais da metade do ginásio, impôs sua força e fez a festa azul dentro de quadra.
- Tudo é demais, a torcida, o time. São dois anos que eu estou aqui, o time tem seis anos de história. Não tem segredo. Quando você trabalha, o resultado pode demorar um pouquinho, mas aparece – afirmou o capitão William, emocionado ao se lembrar do pai logo após a partida, em entrevista ao SporTV.
Enquanto isso, Lorena, destaque do time vice-campeão, corria para dar um beijo na namorada à beira da quadra. Ele sentiu cãibras no terceiro set, deixou a quadra carregado e só voltou na metade da quarta parcial, quando o Cruzeiro já caminhava para o título.
A festa mineira continuou na cerimônia de premiação, quando o time faturou quatro dos seis troféus individuais da temporada: atacante (Wallace), recepção (Filipe), defesa (Serginho) e levantador (William, que também foi eleito o melhor da final). O melhor saque foi de Vini, do Vôlei Futuro, e Gustavão, do Campinas, foi eleito o melhor bloqueador.
via: globoesporte