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No olho do Furacão



O Cruzeiro sabe que o Atlético-PR, seu adversário amanhã, às 17h, na Arena do Jacaré, pela 36ª rodada do Brasileiro, é normalmente indigesto quando vem a Minas. Mesmo quando não tinha equipe de alto nível, o time paranaense aprontou em cima do celeste (confira quadro). As circunstâncias fazem desse jogo em Sete Lagoas um confronto dramático. Separados por um ponto, favorável aos mineiros, quem perder entrará na penúltima rodada na zona do rebaixamento.

A situação é preocupante para os cruzeirenses, que ficaram sem três zagueiros (os suspensos Victorino e Naldo e o contundido Leo) e terão de improvisar o volante Leandro Guerreiro na defesa. Ninguém na Toca da Raposa nega que a tensão é total, um clima de pressão quase insuportável. “Teremos a chance de mostrar o quanto desejamos sair desta situação, fazendo um grande jogo e obtendo os três pontos. É vida ou morte. Será preciso pôr o coração em campo”, diz Fabrício.

Para que o time não seja apático, sem alma e inteiramente perdido como no 0 a 0 com o lanterna, Avaí, quarta-feira, na Ressacada, Vágner Mancini estudou detalhes da própria equipe e do adversário e promove surpresas em todos os setores. A começar pela defesa, com uma linha de três formada por Marquinhos Paraná, Cribari e Leandro Guerreiro. Mais à frente, dispõe outro trio: Charles, Fabrício e Diego Renan. Com essa formação, o técnico parte do princípio de que não sofrerá gol, abrindo o caminho para a terceira vitória no returno, 11ª na competição.

CRAQUE EM CAMPO A principal novidade é a volta de Montillo, recuperado do estiramento na coxa direita que o tirou dos jogos contra Internacional e Avaí. Artilheiro do Cruzeiro no Brasileiro, com 12 gols, o argentino não balança a rede desde a 22ª rodada, na derrota por 2 a 1 para o Fluminense, no Parque do Sabiá. Ele treinou normalmente ontem e se diz pronto, ansioso para ajudar a equipe a reencontrar o rumo.

Outra providência de Mancini é devolver uma camisa de titular a Anselmo Ramon, segundo artilheiro do time, com oito gols, que deve tomar o lugar de Farías, atuando no ataque com Ortigoza e Wellington Paulista. Um trio para tentar afugentar o fantasma do descenso.
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