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Fabrício dá adeus ao Cruzeiro e fecha com São Paulo


O volante Fabrício não veste mais a camisa do Cruzeiro. Neste sábado, o jogador adiantou o seu acerto com o São Paulo e revelou que gostaria de ter ficado no clube celeste até o fim da carreira. Com a camisa estrelada, Fabrício realizou 153 jogos e marcou 10 gols, em quatro anos. O jogador virou ídolo da torcida por aliar técnica e raça, além de demonstrar identificação com o clube.

Nesse tempo, Fabrício foi campeão mineiro em 2008, 2009 e 2011, campeão do Torneio de Verão do Uruguai, em 2009, além de vice-campeão da Libertadores 2009 e do Brasileiro 2010.

Fabrício fala sobre a negociação:

O acerto com o São Paulo já é uma realidade?

”É certo é que no Cruzeiro não vou ficar. Os caras me ofereceram dois anos e o São Paulo me ofereceu três. Pra mim, a essa altura, um ano faz muita diferença”, disse o volante.

O que falta para você ser anunciado oficialmente pelo São Paulo?

”A gente deve definir tudo esta semana. Faltam pequenos detalhes. Quem está resolvendo essas pendências é o meu empresário, o Reinaldo Pitta, mas está tudo muito encaminhado. Estou em Santa Catarina com a família, voltarei a Belo Horizonte nos próximos dias, e depois, vou a São Paulo assinar o contrato”, completou.

Qual a mensagem de despedida que você deixa ao torcedor do Cruzeiro?


”Só tenho a agradecer. Foram quatro anos que recebi apoio total, mesmo nessa situação do time, de risco de queda, eu saía de cabeça erguida na rua e sempre fui respeitado. Sou muito agradecido ao Cruzeiro, queria terminar minha carreira aí, e saio chateado por isso, mas apareceu uma proposta melhor, mais tempo de contrato, e espero jogar até 32 anos. Era ideal esse contrato de três anos. Tenho que começar a vivenciar o próximo clube e só fica mesmo esse sentimento de gratidão pelo povo mineiro. Fui muito feliz aí em BH, com minha família, e sempre estarei voltando para visitar os amigos. Adorei passar esses quatros anos no Cruzeiro”.

O que você mais sentirá falta de Minas, do Cruzeiro?

”É a tranquilidade de BH. Já morei em São Paulo, conheço, e BH é super calma, tranquila, apesar de o povo daí já achar muito movimentada. Mas é uma cidade tranquila, segura. O povo mineiro é muito respeitador e o Cruzeiro vai ficar guardado pra sempre".

É verdade que você se desgastou com a diretoria e com alguns jogadores? Isso pode ter pesado na sua transferência para o São Paulo?

”Isso não pesou não, o que pesou é a proposta, um ano a mais de contrato. Atritos vão sempre acontecer, são 40 homens com personalidades diferentes, mas isso acontece em toda empresa.
Foi um ano de muita turbulência, de muita pressão. Quando se ganha, tudo é maravilhoso. Quando se perde, surgem mais divergências e surgem mesmo desavenças. Isso aconteceu, mas é supernatural, e isso não pesa nunca numa hora de sair ou ficar”.

No São Paulo a Seleção Brasileira pode ficar mais próxima?

”Em relação ao São Paulo, como não assinei nada ainda, não sinto que tenho propriedade para falar como jogador do clube ainda. Tenho que assinar, ai vou falar com mais propriedade disso”.

Mas a Seleção Brasileira ainda é um sonho, aos 29 anos?

”Sempre é sonho. É pensamento, é objetivo, seria importante”

E como seria enfrentar o Cruzeiro na Copa do Brasil, que também terá o São Paulo?

”Prefiro não pensar nisso ainda”.
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