A torcida do Cruzeiro lotou as dependências do estádio Bernardo Rubinger de Queiroz. Cerca de dez mil pessoas acompanharam o novo time da Raposa, comandado pelo técnico Vagner Mancini. Porém, o que se viu foi uma equipe sem condiçãos, pelo menos por enquanto, de mostrar um futebol vibrante e de qualidade. A partida, realizada sob um forte calor, em determinados momentos, foi monótona e lenta.
Na segunda etapa, para piorar a situação, os treinadores fizeram várias modificações nas equipes. Assim, os donos da casa cresceram de produção e incomodaram bastante a defesa do Cruzeiro. O empate não seria um absurdo.
O Cruzeiro voltará a campo no próximo domingo, quando estreará no Campeonato Mineiro, às 17h (de Brasília), diante do Guarani-MG, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas. O Mamoré, por sua vez, fará sua primeira partida no Módulo II do Estadual no dia 12 de fevereiro, em Patos de Minas, no clássico contra a rival URT.
Pênaltis decisivos
O jogo começou sob forte calor. As equipes, para não se desgastarem rapidamente, dosaram as energias, e a partida, consequentemente, ficou um pouco lenta, principalmente nos minutos iniciais. Mesmo em baixa velocidade, o duelo entre Raposa e Sapo era interessante. O Cruzeiro, com um time bem superior tecnicamente, dominou o jogo e conseguiu criar várias boas chances de gol, principalmente com Anselmo Ramon, que perdeu um gol incrível na entrada da pequena área.
Ao Mamoré restava buscar os contra-ataques, com lançamentos longos e passes em profundidade. O objetivo do time de Patos de Minas era explorar a velocidade de seus atacantes e contar com possíveis erros da defesa cruzeirense.
De tanto pressionar, porém, o Cruzeiro conseguiu os gols. Aos 22 minutos, Wellington Paulista abriu o placar, depois de cobrar um pênalti sofrido por ele mesmo. O camisa 11 cruzeirense repetiu a dose, sete minutos depois, desta vez, em penalidade cometida sobre Anselmo Ramon. Em ambas as batidas, o goleiro Thiago Vanderson nem saiu na foto.
A superioridade do Cruzeiro permaneceu até os minutos finais do primeiro tempo, e o placar de 2 a 0 fez justiça ao que os dois times apresentaram.
Pressão do Mamoré
O técnico do Cruzeiro, Vagner Mancini, prometeu que faria poucas mudanças no time, ao contrário do que aconteceu no amistoso com o América-MG. Na volta para o segundo tempo, apenas Diego Renan saiu ao dar lugar para o estreante Jackson, ex-São Paulo e Dallas, dos Estados Unidos.
A etapa final começou mais equilibrada. Com o placar favorável, o Cruzeiro desacelerou as ações de ataque e deixou mais campo para o Mamoré jogar. As limitações técnicas e físicas do time da Patos de Minas, todavia, fizeram com que o time pouco incomodasse o goleiro Rafael.
O desinteresse do Cruzeiro pela partida fez com que o Sapo se entusiasmasse e começasse a levar mais perigo. A velocidade de Jônatan mudou o jogo. O atacante do Sapo tanto tentou que conseguiu diminuir o placar, aos 27 minutos.
O gol do Mamoré animou a torcida e o próprio time. O Sapo partiu pra cima, em busca do empate, que, pelas circunstâncias, teria gosto de vitória. Mas apenas a vontade não foi suficiente para o time de Patos conseguir seu objetivo. No fim, vitória do Cruzeiro, que se anima para a estreia do Campeonato Mineiro.