No próximo domingo, às 18h (de Brasília), o Atlético-MG encara o Palmeiras, pela 32ª rodada do Brasileirão. Será o último jogo em outubro no estádio. Ao todo, 15 partidas serão realizadas na Arena até o dia 31. É quase como se houvesse uma partida a cada dois dias.
O zagueiro Naldo, do Cruzeiro, que disputou a última partida no estádio, na vitória sobre o Atlético-GO, por 3 a 2, revelou que a situação não anda nada boa para os jogadores.
- Essas chuvas castigaram o gramado. No domingo, o campo estava muito ruim em algumas partes. Isso prejudicou um pouco o nosso time, que é de toque de bola. Nas áreas, a situação era pior, mas, graças a Deus, conseguimos a vitória.
Data | Confronto | Competição |
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2/10 | Democrata 4 x 1 União Luziense | Segunda Divisão do Campeonato Mineiro |
2/10 | Atlético-MG 1 x 1 Ceará | Campeonato Brasileiro |
5/10 | Cruzeiro 3 x 3 São Paulo | Campeonato Brasileiro |
8/10 | América-MG 0 x 0 Atlético-MG | Campeonato Brasileiro |
10/10 | Democrata 1 x 3 Social | Segunda Divisão do Campeonato Mineiro |
13/10 | Atlético-MG 2 x 1 Santos | Campeonato Brasileiro |
14/10 | América-MG 1 x 0 Atlético-MG | Campeonato Mineiro de Juniores |
14/10 | América-MG 4 x 1 Ceará | Campeonato Brasileiro |
16/10 | Cruzeiro 0 x 1 Corinthians | Campeonato Brasileiro |
17/10 | Democrata 4 x 0 Contagem | Segunda Divisão do Campeonato Mineiro |
22/10 | América-MG 2 x 1 Funorte | Campeonato Mineiro de Juniores |
22/10 | América-MG 2 x 2 Grêmio | Campeonato Brasileiro |
23/10 | Cruzeiro 3 x 2 Atlético-GO | Campeonato Brasileiro |
30/10 | Democrata x Araxá | Segunda Divisão do Campeonato Mineiro |
30/10 | Atlético-MG x Palmeiras | Campeonato Brasileiro |
Além dos jogos do trio de Belo Horizonte, o Democrata, de Sete Lagoas, também manda seus jogos pela Segunda Divisão do Campeonato Mineiro. Dentro do possível, o gramado tem resistido aos jogos em sequência. O zagueiro do América-MG, Anderson, deu sua impressão sobre a situação.
- No jogo contra o Grêmio, a área estava bem ruim, mas, no restante do campo, estava tudo tranquilo. Eu até comentei com o pessoal que o gramado da Arena aguentou muito, pela quantidade de jogos que tem lá. Agora, eu não sei como ficou após o jogo do Cruzeiro. Afinal, tivemos dois jogos no sábado, choveu a noite inteira e todo o dia seguinte. Então, é provável que esteja bem castigado.
Para o volante Pierre, do Atlético-MG, a atual situação da equipe, que luta para fugir da proximidade da zona de rebaixamento, é mais preocupante que a degradação do gramado.
- Tenho acompanhado há tempos o gramado da Arena. Sábado, nós enfrentamos enormes dificuldades no Engenhão, que também passa por esse processo, de vários jogos no estádio. Isso castiga bastante o gramado, mas temos que superar todas as adversidades. Claro que o gramado da Arena está castigado, mas temos que tirar proveito, superar tudo e conseguir o objetivo maior, que é vencer o jogo.
Os problemas do gramado, por conta das chuvas, não tiram o sono apenas dos jogadores. Os profissionais de preparação física também estão atentos às consequências de jogar em um gramado em condições precárias.
- Gramado ruim é o imponderável. O atleta, de repente, por ser um piso instável, pode ter uma torção ou alguma coisa nesse sentido. Tem mais a ver com o aspecto técnico. Eu falo sobre isso há muitos anos. Deveriam cuidar melhor dos gramados de jogo para comparar com o que acontece na Europa. Lá, os gramados são perfeitos, permitem um chute de primeira, uma cavadinha, um movimento técnico melhor. O gramado ruim atrapalha o espetáculo, comentou o preparador físico do Galo e da Seleção Brasileira, Carlinhos Neves.
A situação também começou a preocupar o ex-jogador Alves, responsável pelo gramado da Arena do Jacaré. O período de chuvas, tradicional no fim de ano em Minas Gerais, é benéfico, mas nem tanto.
- A chuva é benéfica para o gramado, mas precisa de sol também. Com os jogos em sequência, algumas partes ficam mais prejudicadas, como as áreas dos goleiros. Tanto que vamos colocar 50m² ou até 100m² de grama nessas áreas.
Na partida entre Cruzeiro e Atlético-GO, no último domingo, a chuva que caiu durante todo o fim de semana, castigou o campo, e a lama sobressaiu em partes da grande área.
- Nas áreas próximas ao gol, a grama não aguenta mesmo. Os goleiros e os zagueiros costumam utilizar chuteiras com travas altas, de alumínio. E aí dá aquele barro, declarou Alves, que explicou que o tipo de grama do estádio de Sete Lagoas é a Esmeralda, muito comum nos campos de todo o Brasil por ser de fácil manutenção, mais resistência e penetração mais rápida no solo.
Independência
A grama do Independência foi plantada na última semana. Apesar de não ser o responsável pelo gramado do novo estádio, ele tem acompanhado de perto as obras. Segundo Alves, o cronograma do plantio está correto.
- Quem colocou a grama foi uma empresa de amigos meus. Estou a par de tudo. Normalmente, é preciso de cerca de quatro meses para a grama pegar. Mas o tipo de grama colocada no Independência, por meio de estolões, que são pequenas mudas, facilita o processo. Com a ajuda das chuvas, acredito que, entre 30 a 120 dias, a grama já vai estar assentada.
No Independência, a grama utilizada será a Bermuda Celebration. O modelo Tifton 419 tem como principais características a velocidade de crescimento, maior resistência à sombra que as outras bermudas e boa tolerância à seca.