Na última rodada, o Cruzeiro foi ultrapassado pelo Atlético, fato que não acontecia desde a sexta rodada. Naquela oportunidade, assim como agora, o Galo era 14º colocado e a Raposa, 16º. O time alvinegro possui 36 pontos contra 34 da equipe celeste.
Na vitória atleticana sobre o Palmeiras, por 2 a 1, no último domingo, os torcedores alvinegros não pouparam o rival. Gritos de ‘arerê, o Cruzeiro vai cair para Série B’, cartazes e até um caixão com o escudo celeste foram algumas das maneiras que o atleticano encontrou para comemorar a ultrapassagem sobre o rival na classificação.
Na Toca da Raposa II, a questão foi amenizada pelos jogadores, visivelmente abatidos por conta do mau resultado diante do Botafogo, no Engenhão, que colocou o time celeste a dois pontos da zona de rebaixamento.
O zagueiro Léo e o meia Roger pareciam ter combinado o discurso ao serem perguntados sobre a ultrapassagem alvinegra na tabela de classificação. O defensor foi o primeiro a falar sobre o assunto e, inicialmente, demonstrou pouca preocupação.
- Acho que em relação ao adversário... a nossa questão é a gente. Temos que vencer as partidas que restam. Não procuramos olhar para o outro lado.
O meia Roger compartilhou da opinião do companheiro, quase que com as mesmas palavras.
- Não estamos preocupados com as equipes adversárias. Até porque dependemos só de nós. Nossa preocupação é só com a gente. Até porque a gente, fazendo o nosso trabalho, não tem que se preocupar com ninguém.
Mas ao ser questionado sobre a rivalidade que movimenta o futebol mineiro, dentro do Campeonato Brasileiro, Léo revelou brevemente o verdadeiro sentimento dos jogadores celestes.
- Rivalidade não tem jeito. Afeta um pouco. Mas o compromisso é com nós mesmos. Do outro lado a gente deixa. A gente sabe, vê os jogos, acompanha as notícias. Mas sabemos que temos que fazer a nossa parte.
Na última rodada, os dois rivais irão se enfrentar, na Arena do Jacaré, somente com torcida do Cruzeiro, já que a Raposa é a mandante da partida. E a possibilidade de uma ou as duas equipes chegarem em condições de disputar um lugar na primeira divisão já vem sendo discutida pelos cruzeirenses, que mantém o discurso rotineiro.
- Quando passamos por um momento de dificuldade não podemos pensar nos jogos a seguir. Temos que pensar no próximo jogo. O povo mineiro está perguntando o que pode acontecer no clássico se depender o futuro de uma ou das duas equipes. Mas temos que pensar no mais importante que é sempre o próximo, o Flamengo.
No próximo domingo, o Cruzeiro vai novamente ao Engenhão, onde encara o Flamengo, às 16h (de Brasília).