“De maneira alguma, estou vivendo o Cruzeiro. Desde que cheguei aqui, sabia dessa dificuldade e faço parte disso. Ninguém aqui tem mais ou menos culpa, todos são responsáveis. Isso tem de ser dividido entre todo mundo. Sobre nomes, estou há 29 anos no futebol, não é isso que vai me fazer perder o eixo. Temos que trabalhar”, disse Mancini, que foi questionado sobre a possibilidade de Adilson Batista retornar ao clube.
Enquanto Mancini tenta ignorar as especulações, ele ganha apoio da diretoria. O presidente eleito, Gilvan de Pinho Tavares, afirmou nessa segunda-feira que a troca de treinador não é cogitada neste momento. O dirigente lembrou que o Cruzeiro já mudou de técnico três vezes durante o Campeonato Brasileiro e isso não melhorou os resultados em campo.
Em sete jogos à frente do Cruzeiro no Brasileirão, Vágner Mancini venceu apenas um. A equipe somou pontos ainda com dois empates, além de acumular quatro derrotas. O aproveitamento do treinador é de 23,80%.
A sequência de maus resultados levou o Cruzeiro à zona de rebaixamento apenas a cinco rodadas do fim do Campeonato Brasileiro. Sem vitórias, a equipe passou a conviver com a pressão de torcedores, como protesto em desembarque no Aeroporto de Confins no domingo passado.
Para Vágner Mancini, essas críticas devem ser ignoradas. “Não fico atento ao que está acontecendo fora do clube. Quanto mais você quer escutar todo mundo, mais você se perde. Acho que você tem de ter cabeça voltada para o trabalho e para solucionar aquilo que você vê diariamente dentro do clube. O torcedor é apaixonado, quer que o time sempre vença, a gente entende e respeita”, disse o treinador, que está otimista em relação à reação da equipe.
“Temos cinco jogos, está tudo muito aberto. Acredito muito no Cruzeiro, na reação dessa equipe, que tem perdido pênalti, tem errado, mas que também tem hombridade para mudar situação”, complementou.
