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A mística camisa branca


Em tempos de crise, vale tudo para fazer o time voltar a vencer. Pois o Cruzeiro voltou a se apegar à mística da camisa branca para tentar escapar do rebaixamento. Desde a partida contra o Internacional, na Arena do Jacaré, pela 34ª rodada, o Cruzeiro só joga todo de branco.

Foram quatro jogos, com uma vitória, justamente sobre o Inter, e três empates. O time está invicto desde que adotou o uniforme dois como principal, mas continua correndo grande risco de rebaixamento. O supervisor de futebol do clube, Benecy Queiroz, negou ao Superesportes qualquer superstição com a camisa branca.

”O uniforme é uma opção do time, é um direito que nós temos. Não existe superstição, aqui existe trabalho e competência. O Cruzeiro não trabalha em cima de sorte ou superstição. É só com profissionalismo que ganhamos os títulos. Isso só existe para leigo e quem não é profissional. Isso não existe. Se tivesse mística, nós não teríamos ganhado todos os grandes títulos com a camisa azul”, disse Benecy. 

A mística



A mística da camisa branca ganhou vida no fim dos anos 80. No Brasileiro de 1987, o clube celeste jogou cinco dos oito jogos decisivos da reta final com a camisa branca e foi obtendo grandes resultados, até classificar-se dramaticamente para a semifinal, contra o Inter. Foram cinco vitórias e três empates

A classificação, jogando de branco, veio contra o Santos, no Pacaembu. Careca marcou um gol aos 47 minutos do segundo tempo, em posição irregular de impedimento, mas o tento foi validado pela arbitragem.

Na semifinal, o Internacional resolveu acabar com a mística celeste. No primeiro jogo, o Cruzeiro jogou de branco e empatou no Beira-Rio. Na segunda partida, no Mineirão, o Inter só levou para BH seu uniforme branco e 'obrigou' a Raposa a vestir sua camisa tradicional. Resultado: 1 a 0 para o Colorado, classificado para a finalíssima contra o Flamengo.

Não se sabe se o Cruzeiro jogará de branco contra o Atlético, no próximo domingo, na última rodada do Brasileirão. Se continuar se apegando à velha mística, certamente disputará o clássico com seu segundo uniforme. “Isso é uma questão interna do Cruzeiro, cabe a nós escolher, mas não há nada de superstição”, finalizou Benecy.

Como surgiu a camisa branca

O Cruzeiro jogou pela primeira vez de branco em sua história em 20 de abril de 1950, em um amistoso contra o Sete de Setembro, no estádio do Barro Preto. O clube celeste venceu a partida por 4 a 1.

O que poucos torcedores sabem é que a camisa foi criada para ser utilizada em jogos noturnos, por causa dos deficientes sistemas de iluminação nos estádios na época. No uniforme, o calção era para ser azul, mas a empresa que confeccionou se esqueceu de produzir as peças e os shorts brancos do uniforme principal foram improvisados. Dessa forma, o Cruzeiro jogou todo de branco nesse duelo.
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