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Sem cerimônia, Cruzeiro quer fazer a festa na casa do Fla


14 tentativas e dez fracassos. Esse é o pobre retrospecto do Cruzeiro atuando fora de Minas Gerais neste Brasileirão. Deixando de lado os clássicos contra Atlético e América, na Arena do Jacaré, a Raposa venceu apenas duas partidas como visitante na competição nacional. Foram outros dois empates, totalizando oito pontos conquistados em 42 disputados (19% de aproveitamento).

No próximo domingo, a equipe celeste terá outra chance para tentar amenizar esse incômodo retrospecto. Diante do Flamengo, no Engenhão, a Raposa vai atrás de uma vitória, que seria fundamental para escapar do rebaixamento. Para triunfar, entretanto, o time precisa deixar de lado as cerimônias e partir para a informalidade.

- Está na hora de incomodar, não tem mais jeito. Temos que nos sentir mais à vontade fora de casa, colocar o pé no sofá, às vezes ir ao banheiro de porta aberta... Vamos procurar fazer nosso papel, sempre com muita seriedade e comprometimento para poder conseguir um resultado positivo – brincou o zagueiro Léo.

Para bater o Rubro-Negro, o Cruzeiro tem três exemplos para se inspirar. Neste Brasileirão, o Flamengo foi atropelado por Atlético-GO e Bahia, dentro do Engenhão. Além deles, o Atlético-PR também venceu os cariocas, em partida disputada em Macaé.

O sucesso das três equipes deixou lições e abriu caminhos para se derrotar o Flamengo. Resta ao Cruzeiro tentar repetir os acertos de Atlético-GO, Bahia e Atlético-PR, neutralizar o Flamengo e comemorar seu primeiro triunfo dentro do Engenhão.

- Não tem como jogar contra o Flamengo dando liberdade, são jogadores acima da média. A receita é tentar neutralizar as armas que eles têm e tentar usufruir de certos espaços que teremos em campo. Assisti vários jogos do Flamengo e temos que armar a equipe para ser mortal - disse Vágner Mancini, que promete uma equipe ofensiva.

- Não podemos jogar só nos defendendo, o Cruzeiro tem raízes de ser uma equipe que joga e envolve o adversário. Essa maneira deve ser adotada no Engenhão – finalizou.

Outro candidato ao título no caminho

Neste Brasileirão, as duas únicas vitórias do Cruzeiro longe de Minas Gerais foram tão importantes quanto surpreendentes. Contra Vasco e Corinthians, a Raposa não tinha um papel de favoritismo, muito pelo contrário, mas, mesmo assim, conseguiu sair de campo com os três pontos.

Por curiosidade, os triunfos longe de casa foram em cima de equipes que brigam diretamente pelo título nacional. Neste domingo, diante do Flamengo, o Cruzeiro terá pela frente mais um adversário que está de olho na taça.

Se repetir a façanha e sair do Engenhão com os três pontos, a Raposa vai atrapalhar de vez os planos dos flamenguistas em relação ao título e, de quebra, vai dar um grande passo rumo à salvação no Brasileirão.

- Dá para repetir, vamos em busca da vitória. Respeitamos o Flamengo, sabemos o momento que eles vivem, mas está na hora de sair e ganhar jogos fora de casa. Contra o Botafogo faltou alguma coisa e espero que no domingo não falte - comentou o técnico Vágner Mancini.
Depois de encarar o Flamengo, o Cruzeiro terá outro postulante ao título pela frente, o 
Internacional, na Arena do Jacaré.

As derrotas do Fla em casa no Brasileirão

Flamengo 1x4 Atlético-GO

Surpreendente, o Dragão comandou o Flamengo desde o início do jogo. O Rubro-negro foi humilhado dentro do Engenhão e cometeu muitos erros, que o Atlético-GO soube aproveitar.

Flamengo 1x3 Bahia

Contra o Bahia, o Fla saiu atrás do placar, chegou a empatar, mas ainda no primeiro tempo levou dois gols. Na segunda etapa, os mandantes pressionaram, mas não conseguiram o empate.

Flamengo 1x2 Atlético-PR

Em Macaé, o Atlético-PR soube controlar as ações da partida, marcou dois gols, um em cada tempo, e jogou a torcida Rubro-negra contra o próprio Flamengo. O gol do zagueiro Welinton, no fim da partida, não resolveu.

"Dos 63 jogos em 2011, o Flamengo atuou 37 vezes no Rio de Janeiro e perdeu só cinco vezes. Algumas das derrotas foram atípicas e tiveram um fator em comum, pelo menos em duas delas: a ausência de Ronaldinho. No Engenhão, o Fla não teve o camisa 10 diante do Atlético-GO e do Bahia. Anular as peças criativas do Rubro-Negro – R10 e Thiago Neves – já é um passo considerável para tentar vencer o Fla em seus domínios. Foi em casa também que o time sofreu a maioria dos gols. No contra-ataque, o Cruzeiro pode surpreender a zaga que costuma ficar exposta. A qualidade, porém, será imprescindível para marcar."
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