Zezé Perrella deixará a presidência do Cruzeiro no fim deste ano. Em sua despedida do clube, o dirigente comemorou a goleada por 6 a 1 sobre o Atlético, na Arena do Jacaré, e a permanência na Série A do Campeonato Brasileiro. Agora ele pretende contribuir com a gestão de Gilvan de Pinho Tavares, que será seu sucessor.
“A contribuição maior que eu posso dar é a experiência que adquiri de contatos com grupos de investidores, a credibilidade que o Cruzeiro adquiriu. Já vou começar, desde agora, vou buscar investidores para que a gente possa reforçar o time no ano que vem”, afirmou.
Em sua saída, Perrella relembrou a política que marcou toda sua gestão. “Uma coisa que o torcedor precisa entender é que ninguém vende jogador porque acha bonito. Foi com essa política que conseguimos 24 títulos. Foi com essa política que o Cruzeiro foi eleito o maior clube do século 20. O torcedor não deve interferir nesse tipo de medida. O que pediria ao torcedor é para respeitar o doutor Gilvan, porque futebol é muito difícil. O dirigente passa por todo tipo de sacrifício e merece o mínimo de respeito”, observou.
Alívio
Pressionado pela ameaça de rebaixamento, Zezé Perrella admitiu ter ficado aliviado com a permanência do Cruzeiro na Série A do Campeonato Brasileiro. Para o dirigente, a goleada por 6 a 1 sobre o Atlético marcará positivamente sua despedida. “Alívio até pelo placar. Acho que me despedi em altíssimo estilo. Isso vai ficar na história. Vim para o estádio e encarei. Corri o risco de vir aqui e sair na Segunda Divisão”, comentou.
O atual presidente celeste afirmou que teve certeza de que o Cruzeiro seguiria na elite do futebol nacional ao ter contato com os atletas antes do clássico deste domingo. “Ficamos uma rodada na zona de rebaixamento e a cidade ficou em festa. Cheguei a falar que trocava de nome. Estava muito tranquilo, sabia que não cairíamos. Eu olhei no olhar de cada jogador e tive a certeza de que não cairíamos. Hoje tive a certeza. Sair em alto estilo, acho que Papai do céu foi bom demais para mim”.