A novidade já era programada pelo departamento de marketing e comercial do clube desde o segundo semestre do ano passado, mas ganhou relevância com a possibilidade de transferência do argentino Montillo. Isso porque o presidente Gilvan de Pinho Tavares quer usar o craque como garoto-propaganda para alavancar o projeto. Ao mesmo tempo, a arrecadação oriunda do programa poderá ajudar a manter Montillo na Toca da Raposa II. As diretrizes do novo plano já estão traçadas.
”A ideia do presidente é essa. Manter o Montillo e contar com o torcedor para ajudar a pagar essa conta, por meio do programa de sócio. Estamos só aguardando o anúncio oficial de quando vamos poder utilizar o Independência para lançar o projeto. A ideia é que, para os primeiros jogos no estádio, o serviço já esteja à disposição do torcedor”, explicou o diretor de marketing do Cruzeiro, Marcone Barbosa.
Nesta quinta-feira, o clube celeste abriu novas vagas no modelo do programa atual de fidelidade – que estava fechado para adesões há alguns meses, devido à falta de estádio. Ao todo, serão 5 mil sócios nesse modelo, em que o torcedor paga uma mensalidade e tem acesso livre ao estádio em todos os jogos do clube. Para aderir, o cruzeirense precisa pagar uma taxa de R$ 30 de inscrição, mais a mensalidade de R$ 45. Quando o Independência for reaberto, a tendência é que os sócios dessa modalidade se setorizem e os preços sejam reajustados.
A previsão é que o Independência seja reinaugurado no fim de fevereiro. ”Em linhas gerais, já temos a definição de como efetivamente vai funcionar o novo programa de sócio, mas temos alguns pontos que estamos discutindo ainda. Os valores atuais estão defasados e os novos valores serão fechados de acordo com o preço dos ingressos”, explicou Marcone.
O novo programa deve seguir os padrões adotados pelo Internacional, em que o torcedor paga uma mensalidade e tem direito a descontos na compra de ingressos, além de outros benefícios, de acordo com a categoria de associado.
A última vez que lançou um programa de sócio-torcedor, em 2009, quando chegou à final da Libertadores, o Cruzeiro esgotou a cota de 20 mil sócios em poucos meses. O clube não abriu para mais adesões justamente porque, no ano seguinte, seria obrigado a jogar em Sete Lagoas, por conta do fechamento do Mineirão e do Independência. Sem estádios em Belo Horizonte, o número de sócios do clube acabou caindo para aproximadamente 3.500.