“O torcedor tem que ter paciência, porque não vai ser um ano onde a nossa equipe vai entrar atropelando os outros adversários, porque passou por uma reestruturação e a coisa vai ser difícil, até engrenar vai ser difícil”, reconheceu Mancini.
O treinador saiu em defesa do lateral Diego Renan, um dos mais vaiados pela torcida na derrota para o Guarani de Divinópolis, por 1 a 0, domingo passado, na Arena do Jacaré, na estreia do Cruzeiro no Estadual.
“Tem que ter que ter muita paciência, não é paciência, é muita paciência. O Diego Renan tem serviços prestados ao clube, em Libertadores, em Campeonatos Brasileiros, atleta formado no clube. Se tiver que xingar o jogador, que xinguem o treinador, porque eu posso escutar o que eu quiser e o que eu não quiser não vou mudar”, afirmou.
“Mas não admito ver com meia hora de jogo no primeiro jogo do ano o torcedor já xingando o atleta. Acho isso desnecessário, um atleta que se esforça e honra a camisa do clube. Se está bem ou mal tecnicamente, é outra questão, cabe ao treinador tirar ou não”, acrescentou Mancini, que manteve Diego Renan entre os titulares no treino da manhã desta quarta-feira.
O treinador disse os jogadores estão cientes que não a equipe deixou a desejar na estreia no Estadual. “Percebi que os jogadores chegaram chateados, havia muita expectativa de que a gente pudesse iniciar bem a temporada e que o jogo fosse de outra maneira, o que vimos não foi isso. Os atletas sabem disso, assumiram, conversamos sobre o jogo. Todos foram unânimes em dizer que a equipe não jogou nada, que tivemos abaixo do que deveria ser. Em função disso, temos que tirar essa diferença dentro de campo com muito trabalho”, ressaltou.
Segundo Mancini, a equipe repetiu, na estreia, erros cometidos na reta final do Brasileirão, quando lutou para escapar o rebaixamento. O Cruzeiro só escapou da queda para a Série B na última rodada, ao golear o arquirrival Atlético-MG por 6 a 1.
“São os mesmos erros, eu vi equipe que teve muita coisa semelhante a que fechou o ano de 2011. A falta de liderança emocional dentro de campo faz com que a gente jogue dessa forma. Se for analisar em termos de desempenho, de distância de atletas, talvez tenham corrido até mais do que o ultimo jogo contra o Atlético, mas a produção foi muito menor, emocionalmente tivemos abaixo da média e por isso tivemos desempenho tão fraco”, ponderou o treinador.
