Vágner Mancini chegou ao Cruzeiro com a missão de reerguer um time desestruturado e em queda livre no campeonato, à beira da zona da degola. Passaram-se 10 jogos e o os números apontam rendimento modesto do treinador à frente do time, com duas vitórias, quatro empates e quatro derrotas. O risco de rebaixamento é real.
A dois jogos do fim do campeonato, o treinador acredita na salvação e salienta que deixou a vida pessoal de lado para vivenciar todos os problemas do Cruzeiro e tentar corrigi-los em dois meses.
”Meu pensamento, meu objetivo está focado na permanência do Cruzeiro. Após o dia 5 de dezembro a gente vai pensar na vida, minha vida foi deixada de lado. Fiquei um mês sem visitar a minha família, estou vivendo o Cruzeiro 24 horas por dia para tentar inverter uma situação e estou cobrando da minha equipe de trabalho isso também”, disse Mancini, em entrevista à TV Alterosa.
”Isso não é uma coisa normal. O Cruzeiro não pode estar no lugar que está. A gente não vai entrar naquilo que foi feito antes, mas a minha vida hoje é o Cruzeiro Esporte Clube. Eu não saio daqui. Eu mudei para a Toca para viver intensamente isso daqui e achar uma solução”, completou.
Divisão de responsabilidade
Mancini diz que não se esquiva de sua parcela de culpa pela situação ruim do clube, mas ressalta que ela deve ser dividida entre diretoria, jogadores e comissões técnicas anteriores.
”A gente não pode jogar a culpa toda em cima de uma pessoa. As pessoas que entendem de futebol sabem analisar aquilo que foi me entregue e onde estava o Cruzeiro. Não sou entro em campo, não sou eu que contrato. Tem uma série de coisas, não estou aqui tirando meu erro nesses 12 jogos que faltavam, mas temos que saber que a parcela é dividida entre todo mundo que forma o Cruzeiro”.