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Contra pressão, superação



A cinco rodadas do fim do Campeonato Brasileiro, a pressão ganhou volume, vai aumentar hoje e terá que se transformar amanhã em sinônimo de superação para o Cruzeiro, que receberá o Internacional, às 19h, na Arena do Jacaré. Neste semestre, a torcida celeste já viu o time viver o maior jejum de vitórias de sua história, até cair para a zona de rebaixamento do Brasileirão. 

Haverá um ingrediente psicológico a mais neste fim de semana, já que o Cruzeiro, entre os concorrentes diretos para fugir da degola, será o último time a jogar. A equipe da Toca entra em campo conhecendo o resultado de todos os seus rivais – Ceará, Avaí e Atlético-PR. Para piorar a situação, o Ceará, primeiro clube fora da faixa que leva à Segunda Divisão, enfrentará os reservas do Santos, em Fortaleza. O Peixe joga o campeonato para cumprir tabela e só pensa no Mundial de Clubes, no fim do ano. Nem mesmo Muricy Ramalho vai à capital cearense acompanhar a partida. Se o Ceará vencer, vai a 38 pontos, deixando o Cruzeiro a quatro da “linha da salvação”.

Não é à toa que a diretoria celeste levou a delegação para Atibaia, estância paulista, durante a semana. No hotel de luxo onde a equipe se hospedou até ontem à noite, os jogadores se divertiram e puderam ficar distante do clima de cobrança presente em Minas. Na quinta-feira, a diretoria e a comissão técnica entraram na atmosfera de descontração e disputaram uma pelada contra os funcionários locais.

Ainda em Atibaia, o atacante Wellington Paulista não via problema em ser o último dos times sob risco a jogar na rodada. Ele disse que o Cruzeiro tem que esquecer os concorrentes e tratar de fazer a sua parte. “Não podemos nos preocupar com os outros times agora. Temos que pensar só na gente mesmo. Só depende de nós mesmos para sair dessa, porque temos confrontos diretos. Temos que vencer nossos jogos e esquecer os adversários.” Os jogos a que ele se refere são contra Avaí (fora), Atlético-PR (em casa) e Ceará (fora).

DISCURSO AFINADO O volante Leandro Guerreiro, que será substituto de Charles, suspenso, endossou o discurso do companheiro e minimizou a peso da responsabilidade sobre os ombros. “A pressão existe de qualquer maneira. A gente se concentrou a semana toda aqui (em Atibaia) para ficar mais unido e conquistar a vitória, não foi para fugir da pressão. Quem não quiser pressão tem que jogar em um clube pequeno. Temos que pensar só no Cruzeiro e deixar as outras equipes de lado.”

Em três dias de treinos em Atibaia, o Cruzeiro realizou cinco atividades em campo. O zagueiro Victorino não viajou, pois esteve com a Seleção Uruguaia, mas se juntará ao grupo hoje, na Toca da Raposa II. Porém, é dúvida. Nos treinamentos a zaga foi formada por Leo e Naldo, no esquema 4-4-2. O técnico Vágner Mancini fez um balanço positivo da viagem e disse que a grande vantagem foi a união dos jogadores diante das cobranças.

“Foram cinco dias excelentes, não só no sentido de treinamento, mas no sentido de estreitar o relacionamento com o atleta, estar mais perto. Isso gera ganho não só na parte tática, mas no sentido de fortalecer um elo e um pacto que foi feito entre nós para sairmos dessa situação”, avaliou Mancini.
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