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Preocupação, apostas e diversão movem o ataque do Cruzeiro


O ataque é, definitivamente, o setor mais carente do Cruzeiro neste Brasileirão. Jogo após jogo, os homens de frente não conseguem render bem e, por isso, Vágner Mancini tem mostrado muita preocupação com o setor.

Nesta semana, o técnico separou alguns treinos para tratar especificamente das finalizações, tentando corrigir as falhas em atividades específicas. O maior desafio, na visão de Mancini, é mostrar aos jogadores que a postura nos treinamentos reflete diretamente o desempenho nas partidas.

- É preciso tentar fazer dentro da semana aquilo o que normalmente acontece nos jogos. Por diversas vezes chamei os atacantes e falei com eles, porque a postura de quem vai finalizar nos treinos tem que ser igual nas partidas – explicou.

Vágner Mancini lembrou que durante os jogos, o tempo e o espaço para as finalizações é muito curto.

- Não dá para ter um ritmo mais lento no treino e eu chamei a atenção para isso, temos que finalizar com mais velocidade. Nas partidas, você não têm muito espaço – acrescentou o comandante.

Anselmo Ramon, atualmente titular no ataque, concorda com o técnico. Para o centroavante, é preciso mostrar muito empenho e concentração nos treinos para melhorar o desempenho nas partidas.

- Estamos precisando dos treinos. Temos de ser sinceros, infelizmente não temos concluído em gol. Precisamos chegar aos treinamentos concentrados para concluir de forma certa as oportunidades – afirmou.

Acompanhado do auxiliar Sylvinho, o treinador celeste afinou a pontaria de Wellington Paulista, Anselmo Ramon, Ortigoza, Keirrison e Sebá. O argentino Farías foi poupado. Para dar mais dinâmica à atividade, os atacantes fizeram apostas com os goleiros.

Em seis chutes, se os homens de frente não fizessem três gols, deveriam fazer cinco flexões. Do contrário, o goleiro pagava a aposta. No fim, ninguém saiu intacto.

Provocações e brigas internas

Quando goleiros e atacantes resolveram criar a aposta no treinamento de finalizações, uma pequena rixa tomou conta do gramado da Toca da Raposa II. Após levarem a melhor em cima dos homens de frente, os arqueiros Rafael, Douglas Pires e Gabriel foram desafiados a também finalizarem.

- Aquilo foi uma maneira de descontrair. Os goleiros alegaram que a aposta feita estaria beneficiando os atacantes, que era muito fácil. Nisso, os atacantes chamaram os goleiros para chutar e todos viram que a dificuldade é, realmente, muito grande – comentou Mancini.
Douglas Pires foi quem teve o melhor desempenho, com quatro gols em 12 tentativas. Seu desempenho foi igual ao de Anselmo Ramon e superior ao de Ortigoza. O bom resultado, fez com que o goleiro reserva Rafael tirasse onda com os companheiros.

- Estamos fazendo as mesmas coisas que vocês (homens de frente) e nem somos atacantes – brincou.

Prontamente, Wellington Paulista retrucou.
- Mesma coisa nada. Eu fiz seis (em doze). Você fez quanto? - indagou o atacante, lembrando que Rafael fez apenas três gols.

Bate-bola: Vágner Mancini, técnico do Cruzeiro

Como um ex-atacante, o que você procura passar aos seus jogadores de frente?

Mancini: 
É preciso passar confiança ao atleta para que diariamente ele bata na bola sabendo que pode fazer o gol. Isso tudo depende muito do feeling ali na hora. Estamos buscando o melhor para que eles entrem no campo e possam acertar o alvo.

O que acontece com Keirrison?

Mancini: Ele chegou há pouco e ainda não teve a oportunidade de se fixar com muitos gols e os atacantes vivem disso. Ele precisa se sentir bem, marcar gols para ter a confiança da equipe.

Gostou dos atacantes (Anselmo e Farías) contra o Botafogo?

Mancini: A dupla de ataque que no jogo contra o Atlético-GO nos deu a vitória, contra o Botafogo ficou abaixo daquilo o que esperávamos. O Cruzeiro fez um bom jogo defensivo, foi forte no meio-campo mas ficou devendo no ataque. Isso é normal no futebol.

Vai mantê-los diante do Flamengo?

Mancini: Se eu for mudar toda hora a equipe por uma ou outra atuação, vou mexer diariamente na equipe. Anselmo e Farías devem entrar, não sei ainda com que tipo de função.

Os goleiros foram bem no treino de finalizações. Dá para improvisar algum deles no ataque?

Mancini: Não dá, porque eles não têm habilidade para isso. Eles jogam no gol e nós procuramos fazer tudo do jeito correto. Uma hora ou outra temos que dar uma descontraída.

Desempenho dos atacantes

 Invadindo a áreaPassando o coneChute no alto
Wellington Paulista4 gols / 9 chutes3 gols / 6 chutes0 gol / 6 chutes
Anselmo Ramon3 gols / 9 chutes2 gols / 6 chutes0 gol / 6 chutes
Keirrison7 gols / 9 chutes3 gols / 6 chutes3 gols / 6 chutes
Ortigoza6 gols / 9 chutes1 gol / 6 chutes1 gol / 6 chutes

Desempenho dos goleiros

 Passando o coneChute no alto
Gabriel2 gols / 6 chutes0 gol / 6 chutes (Anselmo defendendo)
Rafael2 gols / 6 chutes1 gol / 6 chutes (W. Paulista defendendo)
Douglas Pires1 gol / 6 chutes3 gols / 6 chutes (Anselmo defendendo)

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