O goleiro cruzeirense Gabriel, que defende o clube no Campeonato Brasileiro Sub-20, no Rio Grande do Sul, questionou a prorrogação de seu contrato com o Cruzeiro até o fim do ano. De acordo com o jogador, o contrato iria acabar em março do ano que vem, mas o clube, de forma unilateral, prorrogou até o fim de 2012. O Cruzeiro alega que a prorrogação é devido ao período em que Gabriel permaneceu com a Seleção Brasileira e por causa de uma contusão. Segundo o goleiro, a legislação não permite essa prorrogação.
O presidente eleito, Gilvan de Pinho Tavares, que era o vice-presidente jurídico do clube na gestão Zezé Perrella, garantiu que a prática é válida. Segundo Gilvan, todos os contratos do Cruzeiro têm uma cláusula que determina que o tempo em que um jogador estiver servindo à seleção, o contrato será estendido pelo mesmo período.
- A legislação confere que o que vale é o que foi acordado entre as partes. E o que vale, é o contrato de trabalho. O dia que vencer o contrato de trabalho, vence o vínculo esportivo. Isso aconteceu com o Dida, quando ele estava no Cruzeiro, e a justiça reconheceu que ele tinha que permanecer no Cruzeiro. Todos os contratos do Cruzeiro têm essa cláusula. Quando assina o contrato, o atleta concorda com isso e que se ele ficar contundido, ele é obrigado a prorrogar o contrato também.
Gabriel afirmou que pediu para cancelar o adiamento do contrato, mas que o Cruzeiro não aceitou. Ele garantiu que vai continuar buscando o diálogo, mas não descarta entrar na justiça. Enquanto isso, Gabriel segue disputando o Brasileiro Sub-20 no Sul do país.
