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Cruzeiro acena com boicote ao Independência se não houver acordo com BWA e Atlético




Ameaça de revogação da concessão do Estádio Independência e um possível boicote do Cruzeiro à nova arena. O contrato de parceria feito pelo Atlético com a BWA para comandar o campo do Horto, revelado na segunda-feira, rendeu nessa terça reações pesadas de autoridades e do maior rival alvinegro. A Secretaria de Estado Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa) antecipou que a licitação pode ser suspensa caso tenham sido descumpridas condições impostas pelo edital. E os termos do acordo serão enviados para análise da Advocacia Geral do Estado. 

O possível vício jurídico seria a participação, na gestão, de membros de clubes. Oficiosamente, os representantes do Galo tratam os termos como um “acordo comercial”, embora o contrato mencione objetivamente administração compartilhada do local. As próximas 48 horas abrirão campo para vários debates e poderão confirmar se a BWA agiu corretamente quando assinou o contrato comercial com o Atlético, lhe dando 45% do líquido arrecadado; mais 45% para a empresa; 5% para o estado e 5% para o América.

Dirigentes do Cruzeiro visitaram o Estádio Independência nessa terça pela manhã e à tarde se reuniram com representantes da empresa BWA por mais de uma hora. O presidente Gilvan de Pinho Tavares, acompanhado do diretor de Marketing, Marcone Barbosa, de Patrimônio, Aristóteles Loredo, e do gerente de futebol, Valdir Barbosa, esteve com executivos do grupo que vieram de São Paulo. O objetivo foi se inteirar sobre a infraestrutura e os valores a serem pagos. Gilvan disse que há chance de acordo comercial. Se não houver, a equipe continuará mandando seus jogos na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, enquanto aguarda a reforma do Mineirão, revelou o vice-presidente de futebol, José Maria Fialho.

A intenção do clube celeste é atuar no Gigante da Pampulha. “O Mineirão está sendo reformado para ser usado. O Cruzeiro espera ter entre 30 mil e 40 mil sócios-torcedores, o que nos dá todas as condições de atuar lá”, argumenta o dirigente.

Sobre o contrato entre BWA e Atlético, que teria direito a 45% do lucro e veto ao rival na arena na condição de mandante em clássicos, Fialho afirmou que ele está sob avaliação. “Nosso departamento jurídico está analisando, mas sem muita preocupação, pois o governo do estado não vai deixar o Cruzeiro em dificuldades. Já fomos prejudicados com a falta de estádio, deixamos de ser campeões brasileiros em 2010 por causa disso, e estamos certos que tudo será esclarecido.”
Já Marcus Salum, um dos gestores do América, destaca que ouvirá o setor jurídico de seu clube para se pronunciar oficialmente: “Mas não abriremos mão de nossos direitos. O América é o proprietário. Vai jogar lá, o estádio terá nossas cores, teremos datas especiais e muito mais. Foi esse o documento que assinamos com o estado, com duração de 20 anos, para que fossem feitas as reformas”. 

O promotor de Patrimônio Público Leonardo Barbela, embora não tenha recebido nenhuma denúncia, não descarta uma análise sobre o documento. 
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